Tornar-se um motorista de Uber, 99 e Cabify tem sido uma oportunidade de trabalho ou ampliação de renda para muitos. A questão que paira entre os interessados no assunto é se vale a pena esse serviço. Trabalhar com transporte autônomo regularmente ou somente nas horas vagas é uma atividade tentadora. Essa possibilidade de administrar o tempo está também relacionada ao gerenciamento dos ganhos. E, ainda, a vantagem de recebimento semanal pelos depósitos automáticos por cartão de crédito do passageiro ou em dinheiro ao fim da corrida.
Com o aumento da demanda de um público que não quer adquirir veículo próprio, os motoristas de aplicativos ganharam este nicho. E, as locadoras de automóveis, também ganharam a fatia de mercado sobre aqueles que não desejam um automóvel próprio para trabalhar com aplicativos.
Livres de chefes e escritórios, a promessa de ganhos diretos com essa atividade tornou-se uma tendência. Estima-se que, se um motorista de Uber, por exemplo, trabalhe em média 8h por dia, o valor bruto de recebimento seja de R$ 250, totalizando a marca de R$ 1.750 por semana. Após os descontos das despesas com combustível, locação (ou manutenção/depreciação no caso de carros próprios), e comissão do aplicativo, sobra em média R$ 1.750,00/mês.
Regras para o Uber
Mas um serviço tão livre e independente passou a se sobressaltar aos olhos de entidades, pois, não é porque seja autônomo que não precise de regras. No início de abril, a Prefeitura de São Paulo começou a fiscalizar os carros da capital, dos aplicativos Uber, 99 e Cabify. As multas podem ir até R$ 4,5 mil ao motorista que não atender às normas.
A fiscalização está prevista no decreto assinado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB). Entre as especificações verificadas, está o Conduapp (Cadastro Municipal de Condutores), documento obtido após um curso online e a apresentação de dados pessoais. É permitido, entretanto, que o motorista seja dispensado de apresentar o cadastro caso ainda estiver cursando as aulas online.
Outra exigência é que o carro tenha um adesivo ou outra sinalização que indique trabalhar com o aplicativo. Os carros ainda devem passar por inspeção de segurança e limpeza.
Os motoristas de aplicativos reclamam sobre uma das regras que os afeta bastante: a proibição de carros emplacados fora da cidade de São Paulo circular com passageiros na capital paulista. De acordo com o diretor do Sindiloc PR, Tercio Gritsch, “a legislação é importante para disciplinar esse novo serviço de transporte. Limitações, como a questão das placas na capital paulista, acabam favorecendo apenas as locadoras locais, criando barreiras para locadoras de fora”, avalia.