As vendas de veículos aceleraram desde o início do ano, indicando a retomada do setor automotivo. Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que o volume de emplacamentos de automóveis cresceu 15,78% no acumulado até maio. Esse reaquecimento do setor tem causado atraso no fornecimento para locadoras. O tempo de espera é de 30 a 45 dias.
De acordo com o gerente de vendas diretas do Grupo Metronorte, concessionário GM, Edson Trindade, nos cinco primeiros meses do ano, as vendas no varejo cresceram 15% ante igual período de 2017, enquanto as vendas diretas aumentaram 24%. “As vendas diretas feitas pelas montadoras a frotistas, locadoras, produtores rurais e taxistas continuam ajudando a sustentar o mercado”, avalia.
Trindade aponta outro motivo para os atrasos na entrega: a paralisação dos caminhoneiros, que ocasionou a falta de peças e algumas paradas no setor produção das fábricas, já que muitas aproveitaram o ocorrido e entraram em férias coletivas.
Apesar das locadoras reclamarem de que as montadoras estariam priorizando o varejo por terem maiores margens de lucro, o executivo afirma que não há distinção entre os dois públicos. “Nós não temos dado preferência ao consumidor final. Vai muito da política de cada montadora mas não é o nosso caso. O segmento frotista é de extrema importância para o nosso negócio e share”, reitera.
A redução da taxa básica juros, a Selic, para o nível mais baixo dos últimos vinte anos (6,5% ao ano) e a melhora nos índices de desemprego tem deixado o consumidor mais otimista. Para Trindade, o crescimento nas vendas de veículos demonstra uma melhora na economia do país e a recuperação da confiança do consumidor no setor automotivo.
“As locadoras precisam se programar com mais antecedência. Se conseguirmos fazer uma programação, conseguimos otimizar muito o prazo de entrega junto às locadoras”, aconselha.