Entre os destaques estão o rastreamento de frotas, a democratização ao acesso de serviços e a melhoria no contato com clientes
O ano de 2020 já apontava como tendência o crescimento do delivery, contudo, não se estimava tamanha proporção ocasionada pela pandemia. O isolamento ocasionou novos hábitos de consumo até mesmo àqueles que jamais haviam comprado pela internet, e de comércio, pois muitos nunca haviam feito vendas online.
Aqueles que já contavam com o hábito de adquirir produtos pela internet intensificaram ainda mais a prática, além de pesquisarem sobre o custo-benefício dos produtos. Para o presidente e cofundador da Cobli, empresa de rastreamento de frotas, a sociedade agregou experiência e aprendeu o que é um e-commerce de qualidade. Portanto, ele crê na necessidade de oferta de um serviço ainda melhor.
A entrega de refeições prontas geralmente é feita por motos e bicicletas, mas os demais segmentos utilizam-se de veículos motorizados, de maior porte. A tendência é a terceirização deste serviço. Atualmente, as empresas que antes entregavam com frota própria abriram parcerias com locadoras para contribuírem com a quantidade de pedidos. Um dos casos é a Movida, que passou a oferecer a frota adequada ao atendimento de pequenos a grandes e-commerces, conforme conta seu diretor executivo de Vendas e Marketing.
Hoje, no país, as frotas terceirizadas ocupam somente 15% desse mercado, já nos Estados Unidos e países europeus onde esse serviço já atingiu sua maturidade, o número alcança 70%. Apesar de os avanços no Brasil serem evidentes, há ainda muito o que se desenvolver, como a ampliação de atendimento com maior abrangência. Como nas cidades de maior porte o comércio eletrônico é mais expressivo, nas menores, ainda é bem tímido, aumentando o custo do frete. Esse ciclo não favorece a baixa de valores dos fretes.
Por outro lado, ainda que haja grande demanda nos grandes centros urbanos, os problemas ficam por conta do trânsito intenso. Por isso é necessário otimizar a rota, sugerindo desvios de acidentes ou congestionamento. Se a pessoa estiver pronta para receber a encomenda, há um ganho de tempo considerável. Aí que entram as locadoras preparadas para atender a essa demanda, o que pode beneficiar toda uma cadeia em termos de sustentabilidade. A solução está em bom atendimento e o uso de novos recursos tecnológicos.
Setor de locação atento
Para o presidente do Sindiloc PR, Claudio Rigolino, as pequenas e médias locadoras estão atentas a atuarem com determinado nicho de mercado, uma tendência da segmentação dos serviços personalizados. Para ele, é importante que elas procurem e se especializem em um ou mais nichos específicos para atuar, como o segmento de delivery, praticado com pick ups leves ou furgões.
“Para uma locadora pequena no comparativo com uma grande, é importante trabalhar formas de fidelizar o locatário pelo relacionamento além de um bom atendimento, garantindo a melhor jornada de utilização do produto ou serviço o tempo todo”, disse o presidente.
Ele recomenta ainda que as locadoras que pretendem atuar nesse nicho aproximem-se de potenciais clientes, por meio de visitas técnicas, afim de detectar suas necessidades e para especializarem-se na oferta de veículos ideais às empresas de delivery.